sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Bolivia - minhas impressões de Santa Cruz de la Sierra



Estive em dez/2012 na cidade de Santa Cruz de la Sierra-Bolívia, numa formatura em medicina de uma prima. Sobre a formatura, não vou entrar no mérito, porque todos já sabem que os cursos superiores feitos no exterior não são bem vistos no Brasil e sua aprovação por aqui,  dependem de rígidos exames. Então vou falar sobre a cidade.

O aeroporto internacional chamado Viru Viru é  muito modesto e muito pequeno para tal. Mais ou menos do tamanho do aeroporto de Londrina, só que muito precário. Por lá, chegam aviões da Argentina, Chile, Brasil, Uruguai, Estados Unidos e de toda Europa, uma vez que a cidade de Santa Cruz está para a Bolívia, assim como São Paulo está para o Brasil.

A frota de veículos deve ter uns 30 anos em média de uso. Existem carros novos de todas as marcas famosas mundiais, mas são raros. Tanto carros, ônibus e principalmente os taxis são muito velhos e muito sujos, com plástico colado no lugar de vidros.  Após usar um taxi,   a roupa sempre fica empoeirada.  Outra coisa impressionante no trânsito é a desordem geral; poucos semáforos; quem chegar primeiro na esquina passa. É hábito buzinar constantemente, mesmo sem motivo.

A cidade é composta de parte velha e parte nova, mas ambas são desorganizadas e não há um planejamento urbanístico. Tudo é desordenado, sem calçadas e quando há,  não tem um padrão de largura e altura. As construções tanto novas quanto antigas colocam suas colunas  de sustentação nas calçadas.

O comércio abre as 9 e fecha para almoço das 12 às  14 e vai até as 21 horas. Somente bancos tem horário contínuo das 10 às 15 horas. A moeda local é o Boliviano que vale pouco;  4 bolivianos compram 1 real. A população é extremamente pobre; as construções são na maioria decadentes, os veículos são velhos; as circulares são micro-ônibus com mais de 30 anos; motocicletas quase não há, bicicletas muito menos. A população se veste com roupas e calçados muito simples.

As comidas são extremamente diferentes das nossas, com exceção do frango. Eles comem frango com tudo, ou dá a impressão que só tem frango pra comer. Os locais de venda de alimentos são sujos, mal cheirosos e muito fedor de fritura. O cheiro da comida é desagradável para o nosso costume. Se vende comida até de carriola na rua sem qualquer tipo de higiene. Os raros fast food de lá, não vendem sanduiches, mas sim, frango  com batata frita.

Existe um comércio ambulante “camelô” no centro da cidade, que vende de tudo: roupas de marcas famosas, perfumes, cosméticos, calçados, bebidas e claro:  comida estranha; claro que tudo falsificado. Também há um bairro chamada Lindo, que de lindo não tem nada, que há uma feira, em pavilhões  imensos;  ali a desordem é geral. Nesta feira se vende de tudo também, inclusive animais silvestres como papagaios, cachorro, tartaruga, cobra, iguanas entre outros. Outro bairro tem a feira americana que vende de tudo também, só que tudo usado.

Para uma cidade com 1,7 milhão de habitantes, impressiona a falta de policiais e viaturas. São raros os policiais. Somente na praça central, onde fica a casa do governo, que há uns raros. Na praça central também fica a majestosa Catedral Metropolitana Basílica de San Lorenzo; uma verdadeira maravilha da construção humana em estilo barroco na cor  cerâmica,  construída entre 1770 a 1838. Assisti uma missa no domingo ao meio dia; estava completamente lotada; o mais impressionante foram as musicas e o canto,  simplesmente celestiais: confesso que me emocionei muito naquele lugar. Nesta praça central é o local de encontro das pessoas; sempre tem muita gente. No domingo a tarde havia uma banda sinfônica, formada por jovens e adolescentes,  tocando musicas natalinas, que encantou tanto pela excelente qualidade musical, quanto pela alegria dos músicos, mas os instrumentos eram muito velhos e as partituras eram presas por presilhas de varal. Também nesta praça central, há um mural com fotos de prisioneiros políticos, contrários ao presidente Evo Moralez, “mui amigo” do nosso ex presidente. Lá as pessoas evitam falar do governo e sobre política, com medo de censura.

Mas tudo isto não me chamou muito a atenção; o que realmente me impressionou e foi a melhor coisa que lá vi foi o sorriso e alegria estampado no rosto de cada boliviano,  tanto adultos, jovens, crianças, homens e mulheres; estão sempre muito felizes, tanto entre eles quanto conosco. No trabalho, na igreja, na rua, estão sempre alegres. Adolescentes trabalhando em todos os lugares e sempre alegres. Até os dois ladrões que  nos roubaram na rua em plena luz do sol, foram de uma educação que até impressionou.

Em resumo, só fazendo um passeio pra um lugar deste, para então darmos o devido valor às nossas cidades, ao Estado e ao Brasil. Conclui-se que estamos muito avançados em todos os sentidos, com relação àquele País. Quando alguém falar mal das coisas que aqui temos, vou recomendar que faça uma viagem a Bolívia pra poder saber o que realmente é problema generalizado.



quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Entrega de Cestas básicas pelo Moto Clube Cruéis do Asfalto



Os integrantes do Moto Clube Cruéis do Asfalto, entregaram no último final de semana  (30/12) cerca de trinta cestas básicas de alimentos a famílias carentes, que foram arrecadados durante o evento do 1º Encontro de Motociclistas e Triciclistas de Mandaguari. Os bairros  onde ocorreram as distribuições foram Jardim Boa Vista, Vila Verde, Vila Palma, Jardim Progresso e Jardim Brasil.
O Sargento da Polícia Rodoviária Estadual Pedro Antônio, o presidente do Moto Clube, ressalta que o evento foi um grande sucesso, visto que houve participação efetiva de todos os integrantes e também houve apoio de várias empresas de Mandaguari, os quais foram primordiais para a realização do evento. Pedro Antônio agradece em nome do Moto Clube a todos e afirma que em 2013 irá promover novamente o encontro, o qual deverá ter data prevista no calendário anual do município e pede desde já o apoio da população, para que ajudem colaborando e prestigiando o evento, para que cada vez mais possa arrecadar mais alimentos e assim fazer a distribuição de cestas às famílias carentes da cidade.
Agradece ainda o presidente,  em especial às autoridades de Mandaguari, em especial aos vereadores que prestigiaram o evento; a imprensa escrita e falada e a todos que compareceram e contribuíram, porque sem esse apoio o evento não teria atingido o sucesso que teve e ainda sem nenhum incidente.