Aos 18 anos, pianista Vitor Araújo mistura popular e erudito
Publicada em 01/04/2008 às 11h51m
FONTE: Erika Azevedo - O Globo OnlineRIO - Aos 18 anos, o pernambucano Vitor Araújo parece um garoto comum: de jeans, camiseta e All Star, tem gosto musical eclético, ouvindo do rock ao forró. O que o torna especial é seu talento. Ele toca piano desde os nove anos e, agora, lança seu primeiro CD/DVD, "TOC - Ao vivo no Teatro de Santa Isabel", em que subverte a idéia que as pessoas têm de um concerto, misturando o contemporâneo e o popular com o erudito. Vitor é a primeira atração e a maior aposta do Festival Deckdisc, que leva artistas da gravadora para o palco do Allegro Bistrô, na loja Modern Sound, para uma série de shows gratuitos nas terças-feiras de abril.
O roteiro do rapaz vai de "Dança do índio branco", de Heitor Villa-Lobos, a "Paranoid android", do grupo Radiohead - a primeira música de trabalho de Vitor .
" Sou fã do Radiohead e sempre ouvi "Paranoid android". Ela é cheia de camadas e decidi encarar o desafio de colocá-la no piano "
- Sou fã do Radiohead e sempre ouvi "Paranoid android". Ela é cheia de camadas e decidi encarar o desafio de colocá-la no piano. Para isso, usei elementos de Beethoven, Chopin, Bach e Villa-Lobos. A idéia foi colocar o conteúdo do Radiohead na forma da música erudita - explica.
O jovem pianista diz gostar de brincar com as canções, como quando dá um toque à la Ray Charles a "Samba e amor", de Chico Buarque, ou dando roupagem erudita a canções populares, como "Asa branca", de Luiz Gonzaga.
- Meu objetivo é quebrar esse preconceito de que música erudita é difícil - diz.
O repertório de Vitor também inclui duas composições próprias "Valsa pra lua" e "A última sessão".
- Eu sou muito perfeccionista e muito crítico comigo mesmo, então só quis tocar as duas que eu gosto mais - conta.
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