sábado, 2 de agosto de 2008


LARGA QUE ESSA "TETA" É MINHA

Conta a lenda, que Rômulo e Remo, foram atirados no rio Tibre para que morressem, mas não morreram e uma loba os salvou e os amamentava. E apesar dos irmãos serem muito pequininos, eles se degladiavam para ficar com a melhor mama da loba, aquela que tinha mais leite. Depois de crescidos, fundaram uma cidade pra eles. Mas qual dos dois governaria? A sede de poder é uma coisa terrível. Para conquistar o poder, Rômulo assassinou o irmão Remo e deu seu nome para a cidade: Roma. Tudo isto é pura lenda contada pelos romanos e para eles esses fatos teriam acontecido em 753 a.C. Mas as lendas geralmente contem algo de verdadeiro.
Já que estamos em pleno período eleitoral, e teremos as eleições para prefeitos e vereadores em outubro próximo, vale a pena tocar no assunto, porque vemos tantos candidatos, com apelidos “exdruxulos”, que se fosse no tempo de primário e alguém chamasse o outro com estes apelidos, certamente daria muita pancadaria, pois neste tempo ninguém gosta muito de apelidos do tipo: animais (galinha, cabrita, égua, jacaré), frutas (melancia, banana, laranja), temperos (pimenta), bigode, muleta, ligeiro, comidas (mortadela, biscoito) e até jóias e loucos. Mas apelido é como praga de mãe, quanto mais a gente acha ruim, mais pega. E demais a mais, apelido, não é nada ruim, pois até temos um presidente da família dos moluscos (lula). Cada um tem o apelido que merece. Mas ter apelido não é crime.
Falando em crime, qual é o crime que o povo comete, ao eleger um político com um apelido desses? Nenhum. Mas crime é o que os políticos fazem após ou em alguns casos, antes de se elegerem. Aí entra em cena a justiça e toma medidas cabíveis para puni-los. Isso quando a justiça ou o cidadão fica sabendo do delito do político, mas na maioria ninguém fica sabendo, ou quando se sabe, os políticos tomam atitudes a favor deles mesmos e tudo termina em pizza.
Ouve-se muito dos políticos em períodos eleitorais, que só fazem política por amor, que o salário (subsídio) não compensa, que tem muito trabalho, que não há férias, 13º salário, gratificação, prêmio de produção, participação nos lucros, dizem também que o caixa está quebrado, o administrador anterior deixou muitas contas a serem pagas, só há dívidas, ou no caso dos nobres edis, dizem que a remuneração é tão insignificante ante a tantos projetos e Leis, que os mesmos tem que elaborar, discutir, analisar, aprovar, que seria muito melhor estar na iniciativa privada somente, pois assim ganhariam muito mais do que as remunerações do árduo e suado labor de administradores ou legisladores públicos.
Mas se o fato de ser eleito prefeito ou vereador, ou outro qualquer cargo eletivo, é tão ruim e tão mal remunerado, porque tanta gente é candidata a um cargo desses? Porque tanta gente quer o “mísero” subsídio do cargo público? Se dá tanto trabalho ser político, porque esses candidatos não vão ou não ficam na iniciativa privada. Ouvimos todos os dias nos noticiários, que falta mão-de-obra para tantas vagas de trabalho. Trabalho há só que falta gente pra trabalhar, é o que divulgam as empresas todos os dias.
Também, não é de entender que ante a tantas reclamações dos administradores do executivo, como falta de verbas, muita despesa, problemas na saúde, educação, infra-estrutura, segurança, transporte escolar, maquinários sucateados, etc, porque todos que estão no poder, são candidatos a reeleição? Porque tanto almejam continuar na vida pública? Porque não largam a “teta da loba” e deixam-na pra outros Rômulos e Remos? Se o leite da loba é tão ruim e amargo, porque não desgrudam e passam-na para outros?

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